quinta-feira, 19 de setembro de 2019


Democracia
por Alexsandro M. Medeiros
postado em 2013
            Democracia é uma palavra de origem grega que pode ser definida como governo (kratos) do povo (demo). Dessa forma, a democracia pode ser entendida como um regime de governo onde o povo (cidadão) é quem deve tomar as decisões políticas e de poder. A democracia pode ser direta, indireta ou semi-direta: diante da impossibilidade de todos os cidadãos tomarem as decisões de poder (democracia direta), estas passam a ser tomadas por representantes eleitos (democracia indireta ou representativa) e, nesse caso, são os representantes que tomam as decisões em nome daqueles que os elegeram.
            De modo geral, um governo é dito democrático por oposição aos sistemas monárquicos, onde o poder está centralizado nas mãos de uma única pessoa, o monarca, e aos sistemas oligárquicos, onde o poder está concentrado nas mãos de um grupo de indivíduos. Esta é a classificação dada por Aristóteles, em sua obra Política.
            Historicamente, a democracia surgiu na Grécia antiga (ver mais na seção Filosofia Antiga). Mas mesmo em Atenas, onde a democracia se consolidou como uma forma de organização política das cidades-Estados gregas (as polis), não havia uma democracia no sentido literal do termo, pois, de fato, a grande maioria da população ateniense não era formada de cidadãos (por definição, aqueles que poderiam participar da coisa pública) e sim, de escravos, mulheres, crianças, além de estrangeiros. É preciso salientar também que a ideia de democracia não foi aceita em todo o mundo heleno, pois a Grécia não se caracterizou como uma unidade político-administrativa, pelo contrário, as diferenças entre as pólis eram notórias e, não raro, motivo de disputas entre seus povos. Vale ressaltar, por exemplo, que o modelo político administrativo ateniense de democracia e liberdade, era diferente do modelo espartano, oligárquico, visando uma sociedade intensamente organizada, com as liberdades individuais subordinadas à pólis. Sobre o conceito de democracia no mundo grego e seu processo histórico há uma vasta bibliografia produzida por Claude Mossé (1987, 1999 e 2008).
            Em Atenas, vale ressaltar a figura de Clístenes, um reformador ateniense que ampliou o poder da assembleia popular, permitindo a existência do que na época passou a se chamar de isonomia, ou seja, a igualdade sob a lei, além da isegoria, direitos iguais de falar e, por isso, é considerado o pai da democracia.
            No caso do Brasil, só é possível falar no processo de redemocratização levando-se em consideração o período obscuro que teve início com o golpe militar em 1964.
O período que antecedeu a promulgação da Constituição Federal de 1988 deixou marcas profundas no seio da sociedade brasileira, isto se deu em razão de prevalecer no regime ditatorial então vigente, um total cerceamento ao exercício dos direitos de cidadania política. Esse quadro começou a ser mudado a partir da Assemblei Nacional Constituinte, que reconhecendo a importância da participação popular na elaboração do texto Constitucional, proporcionou a oportunidade da concretização dos anseios da população brasileira (FONSECA, 2009, p. 14).
            A fórmula de Abraham Lincoln: a democracia é “o governo do povo, pelo povo e para o povo” é uma das definições que melhor expressam a ideia de uma democracia. Esta definição está bem próxima do sentido etimológico da palavra, do grego antigo. Contudo, é preciso considerar, como já dissemos, que mesmo na Grécia Antiga, a democracia era um regime de governo onde apenas os cidadãos poderiam participar diretamente da coisa pública, o que representava em torno de 10% da população ateniense.
            Carole Pateman afirma (1992) que desde o início do século XX muitos teóricos políticos levantaram sérias dúvidas sobre a possibilidade de se colocar em prática um regime democrático no sentido literal do termo (governo do povo por meio da máxima participação do povo). E Bobbio (2000) indica pelo menos três fatores a partir dos quais um projeto democrático tem-se tornado difícil de se concretizar nas sociedades contemporâneas: a especialidade, a burocracia e a lentidão do processo
O primeiro obstáculo diz respeito ao aumento da necessidade de competências técnicas que exigem especialistas para a solução de problemas públicos, com o desenvolvimento de uma economia regulada e planificada. A necessidade do especialista impossibilita que a solução possa vir a ser encontrada pelo cidadão comum. Não se aplica mais a hipótese democrática de que todos podem decidir a respeito de tudo. O segundo obstáculo refere-se ao crescimento da burocracia, um aparato de poder ordenado hierarquicamente de cima para baixo, em direção, portanto, completamente oposta ao sistema de poder burocrático. Apesar de terem características contraditórias, o desenvolvimento da burocracia é, em parte, decorrente do desenvolvimento da democracia [...] O terceiro obstáculo traduz uma tensão intrínseca à própria democracia. À medida que o processo de democratização evoluiu promovendo a emancipação da sociedade civil, aumentou a quantidade de demandas dirigidas ao Estado gerando a necessidade de fazer opções que resultam em descontentamento pelo não-atendimento ou pelo atendimento não-satisfatório. Existe, como agravante, o fato de que os procedimentos de resposta do sistema político são lentos relativamente à rapidez com que novas demandas são dirigidas ao governo (BOBBIO, 2000 apud NASSUNO, 2006, p. 173-174).

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O Papa renuncia mais uma vez.
Há poucos dias atrás, 11/02/2013, era pouco mais de 7 horas da manhã,
quando abri meu computador, lá estava estampada em letras garrafais à
cabeça de uma matéria que dizia: Papa Bento XVI anuncia sua renuncia. Por
alguns instantes, fiquei meio que paralisado pelo impacto da manchete, mais
logo depois, quando já havia lido a metade da matéria fui me restabelecendo e
começando a entender as razões do ato tão corajoso que o Papa acabara de
tomar. Ele não foi o primeiro Papa a renunciar o cargo, Bento 9°, Celestino 5° e
em 1415, Gregório 12. E Bento XVI, porque renunciou? E eu, será que já
renunciei a alguma coisa? E você, já renunciou algo em algum momento de
sua vida? O que significa renunciar? Abdicar, retroceder, voltar atrás, abrir
mão, desistir? Muitas vezes, qualquer um destes adjetivos significa mudar o
curso de uma história.
O Papa renunciou a uma vida normal. Renunciou a ter uma esposa.
Renunciou a ter filhos. Renunciou a ganhar um salário. Renunciou à
mediocridade. Renunciou às horas de sono, em troca de horas de estudo.
Renunciou a ser um padre a mais, porém também renunciou a ser um padre
especial. Renunciou a encher sua cabeça de Mozart, para enchê-la de
teologia. Renunciou a chorar nos braços de seus pais. Renunciou a estar
aposentado aos 85 anos, desfrutando de seus netos na comodidade de sua
casa e no calor de uma lareira. Renunciou a desfrutar de seu país. Renunciou
à comodidade de dias livres. Renunciou à vaidade. Renunciou a se defender
contra os que o atacavam e atacam.
Toda mudança, requer uma decisão de impacto pessoal, é preciso muitas
horas de reflexão e análise profunda dos efeitos que a atitude poderá causar.
Será que as pessoas estão preparadas para entender um gesto de renúncia,
mesmo sendo da grandeza como o que acaba de tomar S.S. o Papa? Uma
coisa eu entendo como certa, muitas vezes, dar um passo atrás, poderá
significar o avanço de muitos outros.
A Igreja de um modo geral, tem se mostrado solidária com os sentimentos do
Papa. É o que tenho percebido através da mídia.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

A garganta da Fonte.

01 - O que seria das pessoas se de repente lhes faltasse o ar para respirar, o alimento para saciar a fome, a água para matar a cede, o cobertô para aquecer o frio, o travesseiro para deitar a cabeça, o ombro amigo, a palavra que conforta, a mão estendida, a compreensão, a solidariedade, a fraternidade, a justiça...Tempos virão e ele já chegou, em que a fonte irá tragar a água que dela jorra, fazendo perecer tudo que vive ao seu redor.
02 - O rio que é berço criador do peixe, fonte abundante de alimento e vida, começa e engoli o pescador.
03 - O patrão que na gestão gananciosa de seus negócios, diante da possibilidade de aumentar seus lucros, não hesita em atropelar os bons costumes éticos, passando para trás o empregado que na verdade, nunca esteve na frente, embora seja ele um linha de frente na prosperidade dos negócios da empresa, mesmo sem na maioria das vezes ser reconhecido pelo patrão. É o carro passando à frente dos bois.
Estes tempos, estava eu a refletir sobre a situação dos refugiados de países pobres e em estado de guerra civil, caso mais recente a Venezuela que quase todos os dias seus filhos sem ter outra alternativa, atravessam a fronteira com o Brasil por Roraima, fugindo da maldita opressão imposta naquele país, por um governante sem alma de chefe de estado. O povo pobre de países do continente africano que arrisca suas vidas na travessia de mar revolto para chegar a algum lugar seguro e que lhe dê guarida estável, deixando tudo para trás numa viagem sem perspectivas nenhuma de ser feliz, fugindo da fome e da opressão. Tudo isso, é maltratante, mortificante e devastador, o que sofre o povo de Deus no corpo e na alma, na luta pela sobrevivência. Países ricos reclamam, mais se eles tivessem se preocupado com o mundo pobre a mais tempo, não estariam hoje sendo invadidos por eles. Quem tem o controle e o domínio da abundância, não deve se sentir absoluto e guardar em seus celeiros o que deve ser partilhado com todos...Tudo é de todos.

Francisco Alves de Sousa.



sábado, 8 de julho de 2017

Igreja que amo


 

Simples, humilde e servidora…Estas característica da nossa Igreja, me fascina e me faz admirá-la cada vez mais. Embora exista momentos em que me dá vontade de virar-lhe as costas diante de decepções causadas por incompreensões e descaminhos que fazem maltratar o nosso povo.

Mais aí, numa reflexão mais contida interiormente, revejo este sentimento, eu não poderia abandonar a minha Igreja, pois ela sou eu...como diz Ir.Carlos Carreiro. Não seria eu, capaz de dar continuidade a minha caminhada de santidade fora dela.

A fraternidade, é um valor que nos leva a entender a dimensão do amor de Deus. Esse amor tem sentido, mesmo quando não estamos presente, porque é de coração para coração...do coração de Deus para o coração do seu povo.

Diác. Francisco Alves

sexta-feira, 21 de outubro de 2016


O banco da praça é testemunha.

Num desses dias quentes de outubro, numa pequena metrópole do norte do Brasil, com pouco mais de dois milhões de habitantes, levantei-me cedo como de costume, abri a janela da sala, recebi no meu rosto os primeiros raios de sol, prenunciando que aquele dia seria de muito calor. Já havia tomado um cafezinho que eu mesmo fiz, o relógio que fica na parede da sala ainda não marcava sete horas, peguei um pequeno livro e segurando-o com as duas mãos iniciei uma caminhada pela rua em frente à minha casa comtemplando as árvores, o canto dos pássaros e cumprimentando as pessoas que encontrava pelo caminho. Depois de algum tempo, dobrei numa esquina, entrei em outra ruazinha que dá acesso a uma pracinha maltratada, com muitas marcas de vandalismo, mais ainda um ponto de encontro das pessoas que fazem caminhada, ou levar as crianças para brincarem, encontrei logo uma ponta de banco desocupada, sentei-me abri o pequeno livro e comecei a folhear antes de começar a leitura, enquanto observava as pessoas que se movimentavam ali nas imediações. Depois de algum tempo, resolvi olhar para a outra ponta do banco onde eu estava sentado, percebi que lá estava um senhor aparentando ter de idade entre cinquenta e sessenta anos, um boné surrado na cabeça, a camisa de listras também mostrava-se já no fim, calça marrom e bota bastante distioradas, davam o tom da aparência daquele senhor. Tinha um olhar fixo no horizonte parecendo querer enxergar além do alcance da sua visão. Iniciei a leitura e depois de virar a primeira página, voltei a olhar para a outra ponta do banco e vi que o homem estava imóvel na mesma posição, continuei, e já estava na quarta página, levantei a vista novamente na direção do homem e ele lá estava do mesmo jeito. Aproximei-me dele mais um pouco e como querendo saudá-lo disse: dia quente amigo! Ele permaneceu como estava por mais alguns segundos, depois virou-se pra mim e disse: dia quente mesmo! Baixou a cabeça olhando o bico da bota e assim ficou, voltei a leitura, mais não consegui continuar, fechei o livro e disse: está precisando de alguma coisa amigo? Ele respondeu sim! Continuei, o que? Ele, de alguém que possa me escutar. Perguntei então, posso ajudá-lo? Ele balançando a cabeça confirmou que sim, e já foi começando, “tenho comigo uma angústia muito grande, faz muitos anos que ela me atormenta, não sei bem quantos anos, acho que mais de vinte e cinco, no começo eu conseguia dominá-la, agora ela está me sufocando nos momentos de crises, sou filho de camponês, nasci no campo, meu pai lidava com os animais e era lavrador da terra, até a idade de dez anos, vivi no campo acompanhando a labuta de meu pai que nos criava e sustentava com o fruto da terra, sou o segundo filho do casal, gostava de estar perto de meu pai, beijar sua mão, sentir seu cheiro, onde ele estava eu também queria estar, meu pai era uma espécie de espelho pra mim, eu me espelhava nele, não fazia nada errado ele era meu exemplo, sou para os meus filhos o que o meu pai foi para mim. Mais uma coisa me faltou, ele não era de conversar muito comigo, era um pouco fechado, coisa da natureza dele, sentia falta dessa relação mais próxima com meu pai. Hoje sofro por não ter sido mais amigo do meu pai, por não ter sido mais próximo dele. Dito essas palavras, o homem se levantou me olhou agradecido com os olhos mergulhados em lágrimas, a voz embargada, disse obrigado” e saiu caminhando lento de retorno a sua casa. Demorei mais um pouco e também me levantei, talvez mais confortado do que aquele homem que embora o tenha escutado por mais de uma hora nem perguntei o seu nome. Prefiro chama-lo de o Homem.

Francisco Alves de Sousa

segunda-feira, 13 de junho de 2016


Conflito mental.

 

O conflito mental é composto por dois elementos básicos.

O primeiro são os sentimentos do ego (vaidade, orgulho e ciúmes).

O segundo, são as informações do ambiente (Linguagem).

Quando as informações do ambiente processadas através da linguagem ou outros movimentos de comunicação, atacam a nossa mente, a tendência natural é que o ego contra-ataque instintivamente com a intenção de auto defender-se contra os danos psíquicos que podem levar a pessoa a ter sensações de falta de sossego e até contrair doença mental em casos mais agudos.

Esses ataques podem ser disparados de maneira consciente ou inconsciente, nos dois casos produzem danos a mente e ao corpo humano.

Consciente, quando existe a intenção de atingir a outra pessoa, com palavras gestos ou comportamento capaz de desequilibrá-la emocionalmente.

Inconsciente, quando não existe a intenção de atingir emocionalmente a outra pessoa, embora os efeitos sejam quase o mesmo.

Quando os ataques por meio da linguagem ou comportamento partem de uma pessoa com sintomas de debilitação da sua mente, a mente receptora sadia deve reagir com cautela e cuidados para não se deixar envolver pela situação. Nesse caso a mente sadia deve evidar esforços no sentido de controlar e impedir um possível conflito mental para não contaminar sua própria mente.

A sanidade mental é resultado de um corpo sadio, isso exige comportamento disciplinado, exercícios físicos regularmente, alimentação controlada a base de nutrientes específicos para as necessidades do organismo humano, isso considerando que cada pessoa tem um comportamento próprio, não é uma regra geral, deve ser feito sempre sob orientação de um profissional da área.

Isso torna a pessoa mais alegre, sorridente, positiva, com alta estima, mais forte e consciente de que possui uma mente sadia capaz de reverter situações adversas.

Dessa forma ela estará sempre prevenida, preparada e blindada contra possíveis ataques que possam gerar conflitos mental.

Francisco Alves de Sousa.

 

 

segunda-feira, 2 de maio de 2016


E eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram”.

No texto de Mc 1,16-20, encontra-se a narração da vocação dos primeiros discípulos. Tudo acontece e termina na Galileia. É lá que Jesus inicia o seu ministério público, mas também é para lá que ele volta para terminá-lo. Jesus passa e chama os pescadores, as duas duplas de irmãos que no momento do chamado estão ocupados com seus afazeres, dois deles jogavam as redes ao mar e os outros dois, estavam na barca consertando as redes. São eles Simão e André; Tiago e João.

O chamado acontece na vida cotidiana das pessoas, e em lugar concreto. A resposta é imediata, os irmãos deixam tudo para trás e seguem a Jesus. O caminho do seguimento abre mão das seguranças, a fé é o que impulsiona a andar rumo ao desconhecido. Este chamado é para Marcos um modelo de conversão, requer obediência imediata e incondicional. Os discípulos não se oferecem por iniciativa própria, eles são chamados e respondem a esse chamado a partir de onde estão, tal resposta exige grande disponibilidade e despojamento.

Jesus chama-os a segui-lo e a ficar com Ele. É preciso deixar-se configurar a Ele e assim formar uma comunidade, tendo em vista uma missão. Tornar-se discípulo é acolher seu chamado, renunciar a si mesmo e comunicar a experiência de vida com Jesus. Só quem faz a experiência de Jesus e compartilha a vida com ele pode anunciá-lo. Sem seguimento, não é possível a conversão e nem a missão. Jesus os chama a ser seus discípulos e testemunhas de sua missão e a contribuir para a vinda do reino.

A expressão utilizada pelo evangelista “pescadores de homens” abre a uma missão além fronteiras, que ultrapassa os limites do povo judaico. Esta narrativa mostra o compromisso definitivo e irrevogável que advém da vocação cristã e expressa o radicalismo da resposta de quem se coloca neste caminho de seguimento e discipulado. Seguir Jesus implica redefinir completamente a própria vida e colocar-se em um caminho que comporta alegrias, sofrimentos e amor desmedido.

O caminho de discipulado, portanto, acontece ao longo de todo o evangelho e não em um momento pontual, ainda que o primeiro chamado configure o momento ápice da caminhada vocacional. O abandono das redes, da família, de projetos e sonhos expressam a disposição dos chamados ao assumir uma nova missão.
Algumas perguntas que podem ajudar na reflexão:

  • No meu cotidiano deixo espaço para ouvir a voz do Senhor, que chama?
  • Do que preciso me desapegar nesse momento para seguir a Jesus?
  • A partir da realidade em que vivo e atuo, o que posso fazer para convidar outros ao seguimento e discipulado?
  • Em tempo: Não há cristão sem Cristo, Não há Evangelho sem Cruz e não há igreja sem discípulo missionário.

     Diác. Francisco Alves